Dizem que quando mulher ganhou o direito ao voto ela também ganhou sua independência, mas do que isso adiantou? O preconceito continuou o mesmo. Antigamente as mulheres costumavam usar saias longas, mangas que cobrissem todo o braço e outras roupas em sinal de compostura e decoro. Com o tempo as modas passaram mas uma ideia não mudou, usou roupa curta, então você é automaticamente classificada como puta.
Muitas pessoas são adeptas da
ideia de que mulheres que usam roupas curtas não se dão ou respeito. Muitas são
taxadas de putas, vadias, periguetes
entre outros apelidos inventados para nos rotular. Pois bem meus amigos,
eis aqui uma verdade não muito conhecida pelos homens do meu Brasil, na
verdade, pelos homens de todo o mundo. Minha roupa curta não significa que você
tenha algum direito.
Não é porque meu short é curto
que eu te dou o direito de soltar alguma cantada broxante enquanto eu passo na
rua e não é por que eu uso uma roupa mais ousada que eu quero dar para o
primeiro que passar. Mas o pior de tudo, não é o tamanho de uma roupa que dá o
direito a um homem de estuprar uma mulher, na verdade nada dá esse direito a
ninguém, mas aí quando isso acontece muitas pessoas, ironicamente em sua
maioria mulheres abrem suas bocas moralistas e soltam frases do tipo “Ah, mas
ela pediu, só andava com roupa curta por aí” ou então, “É nisso que dá andar parecendo
uma periguete por aí.” Isso meus caros é só mais uma forma de machismo e
preconceito.
Por que um homem pode desfilar
por aí sem camisa, mas nós não podemos usar um short mais curto? Que mal tem em
querer de sentir mais confortável? Antes de julgar uma pessoa pelo tamanho da
roupa que ela usa analise seu caráter. E para os caras das cantadas ridículas.
Nenhuma mulher gosta de ser chamada de princesa, gatinha, gostosa, entre outras
coisas, por qualquer um na rua. Isso só nos mostra como vocês seres do sexo
masculino que pensam mais com a cabeça de baixo do que com a de cima, são
superficiais, então pensem bem antes de falar qualquer coisa. Lembrem que a cada ofensa proferida uma mulher está sendo magoada, e é por pessoas que pensam assim que tantos casos de agressão a mulheres ocorrem ainda hoje.
Carol Uchôa.
O problema não é você usar roupa curta. O problema é comportar-se como puta. Da mesma forma qualquer pessoa que você parar na rua e perguntar se ela é contra ou à favor da pedofilia, com certeza ouvirá que é contra. Entretanto não é difícil ir à qualquer celebração de "família" e encontrar músicas de funk pesado com linguagem baixa e letras que nem se valhem mais do "duplo-sentido" e diretamente descrevem e estimulam atos sexuais, ménages, surubas, sexo oral, anal e afins. E isso com crianças dançando. Não vejo nenhuma manifestação na Paulista ou nas redes sociais para acabar ou suavizar as letras de funk cada vez mais explícitas, sujas e vazias. Pelo contrário, este é um dos mercados que mais fatura hoje em dia e ainda por cima com apresentações destes "artistas" na televisão aberta. Não, não é "misogenia" ou como queira chamar. Perdeu-se há muito tempo a noção de moral e dos bons costumes. Anos atrás uma moça trajada como uma puta na rua era algo altamente condenável e imoral. Hoje é tido como liberdade. Como uma conquista. Conquista do quê ?
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