Sobre amores, decepções, recomeços e quem sabe uma vida mais feliz.


          Já fazia tanto tempo que eu não escrevia mais por aqui, mas hoje, não sei exatamente o porque, talvez por inspiração dos textos de uma colunista que eu gosto, ou simplesmente pelo simples fato de exercitar minha escrita eu estou aqui. Mas não é sobre minha vontade de escrever que eu vou falar.
Levar um pé na bunda, ou dar um pé na bunda é algo que sempre vai machucar um pouco, não que você vá chorar um rio de lágrimas, nem entrar em depressão por alguns meses ou escutar músicas tristes, dói porque você se pega pensando em tudo o que aconteceu no começo e como as coisas evoluíram para um término. Você se pergunta como teria sido se você nunca tivesse começado com tudo aquilo e se dá conta de que talvez aquilo tenha sido importante para que você amadurecesse. 
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para falar sobre isso, alguns diriam que eu sou fantasiosa demais, sonhadora demais, negam até que eu tenha pelo menos alguma gota de racionalidade, mas ouso dizer-lhes que eu tenho sim, talvez seja por isso que eu quebre tanto a cara. Eu peso tanto que as coisas podem dar certo que acabo embarcando de cabeça em relacionamentos, mas a promessa de dar certo, de ser feliz e fazer alguém feliz é algo que meche com a cabeça das pessoas.
Então, por um tempo você sofre, e quando você promete não se envolver com mais ninguém por pelo menos um ano, surge na sua vida uma pessoa que faz você repensar um pouco isso, não porque ela é o amor da sua vida, mas porque ela lhe dá a esperança de que talvez, só talvez as coisas possam ser diferentes.
Eu errei, mais de uma vez, mais de duas até, mas isso serviu para me mostrar algumas coisas. Serviu para que eu passasse a agir com mais calma, para que eu amadurecesse. Ou talvez não, mas o que seria da vida sem algumas loucuras? Talvez eu quebre a cara mais uma vez, talvez eu esteja depositando confiança demais, me entregando demais. Ao contrário do que alguns pensam eu tenho plena consciência disso.
E se não der certo mais uma vez então eu levantarei a cabeça e continuarei minha vida como eu sempre fiz, não morrerei por não ter encontrado um amor ainda, sim eu ainda acredito que ele exista. Mesmo em um mundo onde os relacionamentos andam tão desvalorizados, eu ainda acredito que duas pessoas podem se amar verdadeiramente.
É um discurso piegas, clichê, mas fazer o que? Sou uma romântica incorrigível, gosto de ser, é isso que me faz humana, falha e talvez um pouco cabeça dura, e com diria um certo doutor de uma série que eu andei assistindo "O homem não vive apenas do mundo empírico, temos também que buscar o efêmero, senão, porque viver?"
(Caroline Uchôa)

Reflections of a Skyline





"E eu quero brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho, e massagear seu pescoço. E beijar seu rosto, segurar sua mão e sair pra andar. Não ligar quando você comer minha comida, e te encontrar numa lanchonete pra falar sobre o dia. Falar sobre o seu dia e rir da sua, sua paranoia  E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis. E te contar sobre o programa de TV que assisti na noite anterior e não rir das suas piadas. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco. Te dizer o quanto adoro seus olhos, seus lábios, seu pescoço, seus peitos, sua bunda. Sentar na escada, fumando, até seus vizinhos chegarem em casa, sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está atrasado, e me surpreender quando você chega cedo. E te dar girassóis e ir à sua festa e dançar. Me arrepender quando estou errado e feliz quando você me perdoa. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre. Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irrita. Eu digo que você está linda, e te abraçar quando você estiver aflita, e te apoiar quando você estiver magoada, te querer quando te cheiro, e te irritar quando te toco e choramingar quando estou ao seu lado. E choramingar quando não estou. Debruçar-me no seu peito, te sufocar de noite e sentir frio quando você puxa o cobertor e sentir calor quando você não puxa. Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri. Mas não entender como você pode achar que estou rejeitando você quando eu não estou te rejeitando, e pensar como você pôde pensar que eu te rejeitaria. E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito. E te contar sobre o "tree angel", "o menino da floresta encantada" que voou todo o oceano porque ele te amava. Comprar presentes que você não quer e devolvê-los de novo. E te pedir em casamento, e você dizer "não" de novo mas continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade mas sempre foi sério, desde a primeira vez que pedi. Ando pela cidade pensando. É vazio sem você mas eu quero o que você quiser e penso. Estou me perdendo, mas vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso. Responder suas perguntas quando prefiro não responder, e dizer a verdade mesmo que eu não queira, e tentar ser honesto porque sei que você prefere. E achar que tudo acabou, espera só mais dez minutos antes de me tirar da sua vida. Esquecer quem eu sou e me deixar tentar chegar mais perto de você. E de alguma forma, de alguma forma, de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso, incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual, infinito amor que eu tenho por você.”

Retirado do curta britânico "Reflections of a Skyline" que fala sobre o mais nobre e infinito sentimento. O amor.

Carol Uchôa

Porque se eu uso roupa curta isso não significa que você tenha algum direito.


Dizem que quando  mulher ganhou o direito ao voto ela também ganhou sua independência, mas do que isso adiantou? O preconceito continuou o mesmo. Antigamente as mulheres costumavam usar saias longas, mangas que cobrissem todo o braço e outras roupas em sinal de compostura e decoro. Com o tempo as modas passaram mas uma ideia não mudou, usou roupa curta, então você é automaticamente classificada como puta.

Muitas pessoas são adeptas da ideia de que mulheres que usam roupas curtas não se dão ou respeito. Muitas são taxadas de putas, vadias, periguetes  entre outros apelidos inventados para nos rotular. Pois bem meus amigos, eis aqui uma verdade não muito conhecida pelos homens do meu Brasil, na verdade, pelos homens de todo o mundo. Minha roupa curta não significa que você tenha algum direito.

Não é porque meu short é curto que eu te dou o direito de soltar alguma cantada broxante enquanto eu passo na rua e não é por que eu uso uma roupa mais ousada que eu quero dar para o primeiro que passar. Mas o pior de tudo, não é o tamanho de uma roupa que dá o direito a um homem de estuprar uma mulher, na verdade nada dá esse direito a ninguém, mas aí quando isso acontece muitas pessoas, ironicamente em sua maioria mulheres abrem suas bocas moralistas e soltam frases do tipo “Ah, mas ela pediu, só andava com roupa curta por aí” ou então, “É nisso que dá andar parecendo uma periguete por aí.” Isso meus caros é só mais uma forma de machismo e preconceito.


Por que um homem pode desfilar por aí sem camisa, mas nós não podemos usar um short mais curto? Que mal tem em querer de sentir mais confortável? Antes de julgar uma pessoa pelo tamanho da roupa que ela usa analise seu caráter. E para os caras das cantadas ridículas. Nenhuma mulher gosta de ser chamada de princesa, gatinha, gostosa, entre outras coisas, por qualquer um na rua. Isso só nos mostra como vocês seres do sexo masculino que pensam mais com a cabeça de baixo do que com a de cima, são superficiais, então pensem bem antes de falar qualquer coisa. Lembrem que a cada ofensa proferida uma mulher está sendo magoada, e é por pessoas que pensam assim que tantos casos de agressão a mulheres ocorrem ainda hoje.

Carol Uchôa.

Por um mundo sem moralismos - Parte 1

                           

Quantas vezes deixamos de fazer algo ou nos condenamos por achar que aquilo não é certo? Quantas vezes condenamos uma mulher por transar com vários homens, mas enobrecemos e transformamos em objeto de desejo aqueles homens que transam com várias mulheres? Porque a mulher é 'puta' e o homem é 'esperto'? E, principalmente, porque aceitamos todos esses padrões?
Bom, somos ensinados desde pequenos a seguir certas regras morais que vão desde: "não faça cocô na frente de todo mundo, vá a um banheiro" até "não fique com pessoas do mesmo sexo, isso não é normal" passando por "não use saias curtas mocinha, só quem usa esse tipo de roupa é garotas que não se dão ao respeito" e finalizam com "transou com mais de 10, é, é puta". Aposto que já ouviu essas frases exatamente ou parecidas como coloquei e, pior ainda, você pode tê-las absorvido. Nunca ninguém repara que a vida é curta e breve e que ela tem que ser vivida. Tantos homens aí  com tantas histórias diferentes envolvidas, com pegadas diferentes, beijos diferentes, encostos diferentes, prazeres diferentes, sussurros diferentes e que você não pode provar. Mulher só tem direito a um, no máximo dois e, se esconder direitinho, três. Já homem pode ter quantas quiser, não importando se for uma de cada vez ou todas juntas.


Então, te pergunto, será que não há algo errado aí? Bom, estamos em pleno século XXI, temos o direito de sair com quem queremos, quando queremos e com a quantidade que queremos, mas, quando eu falo isso, estou falando de NÓS, nós homens e mulheres de qualquer opção sexual. E sabe o que é mais legal? É que não é unitário esse pensamento, a cada dia mais pessoas pensam assim, homens não procuram mais mulheres "santas" e mulheres não procuram mais a santidade. Mulher hoje é inteligente e tem consciência disso, ela não se limita mais. Mulher percebeu que não é santa, nem puta, é livre. E se você é do sexo feminino e não percebeu isso, bom, você não é uma Mulher ainda, você é apenas uma garota. E se você é do sexo masculino e também não percebeu e nem aceita as mudanças feministas, então você não é um Homem, você é  apenas um garoto.
Aprenda, nós mulheres também pensamos em sexo, também queremos beijar , também olhamos a bunda de alguém, também temos pegada e também podemos dominar. E poder dominar não só na cama ou na arrumação da casa, mas no trabalho, pois somos ótimas eletricistas, engenheiras, jornalistas, advogadas e acabamos chegando a presidência da República,

Sáskia Lemos

"Gia: Bonita demais para morrer, selvagem demais para viver" - Crítica Gia: Fama e destruição

  



Sim, estamos quase sem postar por aqui, mas eu e Carol estamos sem muito tempo. É faculdade, vestibular, grupo, enfim tempo está raro. Ah, e passei na faculdade de Direito(todos comemoram \o/), mas ainda não desisti de jornalismo, vou tentar pro final do ano e, se passar, curso os dois. E também estamos procurando mais dois ou três blogueiros para ajudar com o blog, se alguém tiver interessado, manda um e-mail informando, vou deixar o e-mail no fim da postagem. Sem mais bla-bla-blas, vamos ao assunto, a crítica de hoje.
Gia Carangi foi uma modelo norte-americana,  ganhou fama no final dos anos 70 e início dos anos 80. É considerada, por alguns analistas, a primeira supermodelo da história. Dona de cabelos pretos, boca carnuda e nenhuma inibição, enfrentou e derrubou os padrões da época de que: "mulher de verdade é mulher loira".
Bissexual assumida, Gia continou a quebrar padrões e imposições. Como ela disse: ". eu já comecei a trabalhar com gente muito boa, quero dizer, foi tudo muito rápido. Eu não construí uma carreira de modelo aos poucos, de repente eu me transformei numa". Com os 17 anos foi descoberta e levada a Nova York, muito bem agenciada, foi parar nas mãos dos melhores fotógrafos da época, tornando-se, com apenas 18 anos, uma modelo de sucesso. 
Gia: Fama e destruição, o filme estrelado por Angelina Jolie, Elizabeth Mitchel, Faye Dunaway, ganhador de um globo de ouro(melhor atriz para Angelina Jolie) e aclamado pelos críticos. É um filme profundo, que 
mostra os dois lados de uma mesma moeda. Mostra uma Gia( Angelina Jolie) cheia de atitude, atitude esta passada para suas fotos, e uma Gia frágil e carente, na qual chega a implorar a todos para não ficar só, em uma cena, diz que irá fazer o café da manhã desde que Linda(Elizabeth Mitchel) fique com ela.
"Por favor, não vá, eu faço seu café da manhã"


                           
Mostra também todo o glamour e a decadência que a fama pode fazer em uma pessoa. Principalmente se a pessoa em questão já for frágil, como aconteceu com Gia. A mãe saiu de casa cedo, acusada por traição pelo pai, deixando Gia para ser cuidada pelo pai, que nunca a maltratou, mas a falta da mãe sempre foi um fato muito decisivo para seu envolvimento com as drogas. A droga dava uma fuga de realidade sempre procurada por Gia, por isso, o seu vício foi tão instantâneo. 
                     
                 

Uma história com o final nem um pouco romântico, ou fantasioso, mas um final verídico, um final real. Um final que mostra como realmente pode terminar uma pessoa envolvida com drogas, sem apoio familiar, sem uma base. Bom, essa é minha recomendação. 
Clasificação: 9.0

                           
Agora, mudando o assunto, quem quiser se inscrever para redator do blog, mande um texto falando sobre qualquer coisa do seu interesse para o e-mail: saskialemos@hotmail.com e, se for aprovado, entraremos em contato(corre lá,  queremos saber sua visão do mundo, queremos ler o que você tem em mente).

Segue o trailer de Gia:

Não consegui achar legendado :/, perdoe-me. 

Saskia Lemos. 

As jardineiras estão de volta

                                         


Moda nos anos 90, as jardineiras estão voltando com tudo. Quando dizem que moda é um bicho complicado e que sempre está se reciclando, vemos que é verdade. Então como usar as tão versáteis jardineiras?


                

As jardineiras foram feitas para proteção, por isso são de jeans mais pesado além de cobrir o toráx e abdômen. Mas se engana quem acha que ela foi feita só para jardinagem ou só para mulheres, na verdade, ela começou a ser usada nas fábricas por operários homens(eu sei que é uma redundância escrever operários homens, mas só queria deixar claro que homens também usavam, enfim, dei uma ênfase)

                            

As minhas preferidas são as de saia, porque dão um ar mais despojado e menininha ao look ao mesmo tempo. Ah, e jardineiras não são só jeans, podem ser de outros tecidos também, de outras cores, estampas. Enfim, essa peça é uma graça. Tem infinitas variações e dá um up no look automaticamente.
Recomendo usar com camisetas ou casaquinhos(dependendo de onde mora). As peças completas(que cobrem toda a perna) ficam mais bonitas com salto ou sneakers e com acessórios que deixem ela menos máscula.

Agora podem sair por aí desfilando estilosas e divas. É isso por hoje.
Grande beijo.
Saskia Lemos.