"Mas amante pede asas ao cupido pra voar muito acima disso tudo" - Crítica do livro "Julieta"



A primeira vista fiquei receosa de ler o livro por achar que a história fosse tão melosa quanto "Romeu e Julieta", eu sei que muitas de vocês vão querer me bater mas essa é a obra de Shakespeare que eu menos gosto, talvez por causa dela os romances tenham se tornado tão clichês, mas enfim, não é sobre o Bardo que nós falaremos hoje. Outro motivo que me deixou um pouco receosa no começo foi o fato de ser o primeiro livro da autora(Anne Fortier), mas isso foi deixado de lado logo no primeiro capítulo. A viagem de Julie a Itália fez com que eu me apaixonasse ainda mais por esse país tão rico em história, principalmente pela cidade de Siena que é onde as duas histórias se passam. Quando eu falo de duas histórias me refiro a história de Anne e a história original de "Romeo e Giulietta"(que foi na minha humilde opinião, distorcida por Shakespeare) que é contada com o desenvolvimento da história.
Não vou fazer sinopse, deixo a descoberta desse livro maravilhoso e fascinante por conta de vocês, bas ta que vocês saibam que tudo começa quando Julie Jacobs descobre que seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei e parte para a Itália em busca de um tesouro perdido e lá acaba encontrando mais do que queria ou poderia imaginar.

Críticas:
"Todos deveriam ler Julieta tendo esse mesmo receio(ou esperança)de ser como a de Shakeaspeare
Acho que as pessoas devem se surpreender quando leem, talvez por isso, ler seja tão empolgante"
 (Ana Larissa - Non nova, sed nove )

"Em seu excelente romance de estréia, Anne Fortier navega por entre pistas falsas e reviravoltas, e o resultado é uma história de amor que poderíamos chamar de O Código Da Vinci para mulheres inteligentes e modernas"
(Publisher's Weekly)

Trechos:
"-Shakespeare não gostaria disso.
Nem um pouco desencorajado por minha rejeição arfante, Alessandro deslizou o dedo devagar por minha face e o deteve no canto da minha boca:
-Shakespeare não precisa saber."
 (Julie e Alessandro - pág 264)

❝- Pense bem. Se Julieta tivesse conhecido Páris primeiro, teria ficado apaixonada por ele. E os dois viveriam felizes para sempre. Ela estava pronta para se apaixonar.
- Claro que não! - objetei. - Romeu era uma gracinha…
- Gracinha? - Alessandro revirou os olhos. - Que espécie de homem é uma gracinha?❞
(Giulietta e Alessandro - pág 210)

❝Tudo isso me foi contado depois, não me lembro de quase nada. Não me lembro nem mesmo de Frei Lorenzo ajoelhando-se para me dar um beijo na testa, ou de Janice dançando aos rodopios e beijando um por um todos os policiais, que riam. Só me lembro dos olhos do homem que se recusou a me perder de novo e que me arrancou das garras do Bardo, para podermos enfim escrever nosso final feliz. ❞
(Giulietta - pág 433)

❝- Você sabia - perguntou Alessandro com a voz rouca, prendendo meus braços no chão, numa tentativa de proteger os botões da camisa que continuavam fechados - que Colombo levou seis anos para descobrir o continente americano?
Enquanto ele pairava acima de mim, a personificação do constrangimento, a bala em seu cordão balançava entre nós como um pêndulo.
- Por que ele demorou tanto? - perguntei, saboreando a visão da brava luta dele, com o céu azul como pano de fundo.
- Ele era um fidalgo italiano - respondeu Alessandro, falando tanto consigo mesmo quanto comigo -, não um conquistador espanhol.
(Giulietta e Alessandro - pág 329)

Bom é isso. Leiam o livro e se surpreendam. É muito bom.
Até a próxima
Beijos
Carol Uchôa :)

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